Entre
os dados apresentados pelo pesquisador do Cepea ( Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada da Esalq/ USP), mostraram que o
perfil da fazenda anfitriã, onde há gestão completa dos dados,
ainda é uma realidade em poucas propriedades de pecuária de corte
no País.
Com
base em acompanhamento feito pelo Cepea em 290 fazendas de corte de
diversos tamanhos e sistemas de criação em 13 estados brasileiros,
Carvalho mostrou que apenas 8% das propriedades registram receitas
superiores ao Custo Total (CT), que é aquele que contempla todos os
custos com compra de insumos, manutenção, folha de pagamento
e depreciação dos equipamentos.“Os pecuaristas têm total
controle dos custos do projeto por isso estão prontos para enfrentar
quaisquer adversidades, que são comuns na pecuária”, explica
Carvalho.
Um
pouco mais da metade das fazendas acompanhadas (56%) já adota gestão nos negócios,mas precisam estar sempre atentas. “Aqui
falamos de propriedades onde há investimento em pastagens e
manutenção por exemplo, o que garante que a receita fique acima do
custo o operacional total”.
Entretanto,
44% destas propriedades tendem a desaparecer em até 10 anos. “Estas
precisam aumentar a produtividade para compensar a queda de preço na
@, por exemplo” alerta o pesquisador. São projetos sem nenhuma
gestão praticamente e cuja receita não é suficiente sequer para
pagar o Custo Operacional Efetivo (COE) que equivale ao desembolso
mensal com compra de insumos (sal mineral, vacina), pagamento de
funcionários e manutenção da fazenda. " Neste caso não sobra
nem para o pro labore do pecuarista", afirma.
Veja o gráfico
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