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terça-feira, 9 de maio de 2017

Só fica na atividade quem investe

Thiago Carvalho, pesquisador do Cepea, fez um alerta para os produtores durante o 1° Dia de Campo da Pecuária Balestra realizado em Inhumas, GO.





Entre os dados apresentados pelo pesquisador do Cepea ( Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/ USP), mostraram que o perfil da fazenda anfitriã, onde há gestão completa dos dados, ainda é uma realidade em poucas propriedades de pecuária de corte no País.

Com base em acompanhamento feito pelo Cepea em 290 fazendas de corte de diversos tamanhos e sistemas de criação em 13 estados brasileiros, Carvalho mostrou que apenas 8% das propriedades registram receitas superiores ao Custo Total (CT), que é aquele que contempla todos os custos  com compra de insumos, manutenção, folha de pagamento e depreciação dos equipamentos.“Os pecuaristas têm total controle dos custos do projeto por isso estão prontos para enfrentar quaisquer adversidades, que são comuns na pecuária”, explica Carvalho.
Um pouco mais da metade das fazendas acompanhadas (56%) já adota gestão nos negócios,mas precisam estar sempre atentas. “Aqui falamos de propriedades onde há investimento em pastagens e manutenção por exemplo, o que garante que a receita fique acima do custo o operacional total”.

Entretanto, 44% destas propriedades tendem a desaparecer em até 10 anos. “Estas precisam aumentar a produtividade para compensar a queda de preço na @, por exemplo” alerta o pesquisador. São projetos sem nenhuma gestão praticamente e cuja receita não é suficiente sequer para pagar o Custo Operacional Efetivo (COE) que equivale ao desembolso mensal com compra de insumos (sal mineral, vacina), pagamento de funcionários e manutenção da fazenda. " Neste caso não sobra nem para o pro labore do pecuarista", afirma.

Veja o gráfico




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